segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cedros, História, Monumentos e Museus

A origem do seu topónimo está relacionado com a abundância de cedros-do-mato (também conhecido por cedro-das-ilhas, em lat. Juniperus brevifolia) aquando do seu povoamento. Nascem nesta freguesia, as ribeiras de Sousa e do Pinheiro. Entre os seus primeiros povoadores, contam-se muitas famílias espanholas.
Parece ter ocorrido no ano de 1594, a conclusão da (re)construção da Igreja de Santa Bárbara dos Cedros. A sua igreja é quase destruída por um incêndio em 20 de Novembro de 1971, restando a imponente torre sineira com seu belo portal quinhentista. Sofreu posteriormente grandes obras de ampliação. Com 5 naves, conserva no seu interior uma bela lâmpada de prata, de grandes dimensões.
É o Padre Gaspar Frutuoso que nos conta que nos primeiros tempos desta freguesia, viveu aqui o célebre Arnequim ou Hern Jannequim. Um flamengo irreverente que enfrentou o Corregedor dos Açores - cargo criado em 1503 - e exigindo que abandonasse a freguesia, e ainda, ameaçou de morte o então Capitão-donatário, quando este se preparava para o prender. Só se resolveu o problema com a intervenção do Rei, que o chamou à Corte, repreendendo-o de tamanha ousadia. ("Saudades da Terra", Vol. VI, Cap. 37)
Com o fim do Dinastia Filipina, em 1640, os espanhóis residentes na freguesia (que incluía a actual freguesia do Salão) são expulsos. Segundo frei Diogo das Chagas, em 1643, a freguesia tinha 2 126 habitantes distribuídos por 317 fogos. ("Espelho Cristalino", pág. 478)
Destaca-se ainda o Museu Etnográfico dos Cedros, instituído pela Casa do Povo local. Merece uma menção especial o Império da Praça. É o único no arquipélago dos Açores que tem uma coroa real, ou seja, sem hastes como todos as outras. Segundo a lenda, teria sido perdida por piratas mouros ao abandonarem a ilha. Ao retornarem para recuperá-la, uma mulher apercebida do seu valor, decide escondê-la numa perna. Esta coroa é guardada como uma relíquia, tendo sido feita uma réplica para ser levada à igreja nos dias de festa.
No lugar de Ribeira Funda, a Capela de N. Sra. de Fátima, foi totalmente construída em basalto entre 1948 e 1950. Foi construída por vontade popular dadas as distâncias que eram necessárias percorrer para se chegar à igreja mais próxima. É o local de concentração dos romeiros da ilha. Do miradouro da Costa Brava, no alto da falésia a 320 metros, usufruirá de um belo panorama

"Retirado do site cedros-faial"