quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Porto da Eira

Em todas as freguesias da ilha do Faial, com excepção à freguesia dos Flamengos, existe pelo menos uma zona balnear.
O Porto da Eira, é a zona balnear pertencente à freguesia dos Cedros.
A razão do seu nome não tenho bem a certeza, mas creio que terá a haver com o redondo em forma de eira que existe junto ao porto.
Antigamente o nosso porto chegava a abrigar pequenas embarcações de pesca de locais, mas devido à dificil manobra de varagem, pelo mar ser inconstante e às grandes ondulações Invernais que chegaram a destruir por completo alguns barcos varados, muitos passaram a recolher os seus barcos no Porto do Salão, por ter uma casa de abrigo para os mesmos e ser de melhor acesso por terra.
Posteriormente no Porto da Horta começaram a procurar abrigo, devido ao sismo de 1998 que danificou o acesso por terra ao porto do Salão o que ainda hoje impede de trazer as embarcações para o cimo da rocha.
Hoje em dia já não se varam embarcações no Porto dos Cedros, apenas se pratica a pesca de pedra e de mergulho, devido à abundância de peixes como o sargo, veja, anchova, peixe porco, entre outros e se faz uso do mesmo para uns bons mergulhos no Verão.
O "charco", situado a alguns metros da "poça", era onde antigamente as pessoas se refrescavam, mas devido à grande viagem por pedra grande e complicada de se andar e por existirem melhores condições mais perto, são apenas alguns aventureiros que ousam dar um mergulho em dias de mar mais bravo em que é impossível mergulhar na "Poça".
Muitos questionam o porquê de não se criar um acesso até ao charco, pois realmente é um lugar apetecível para um bom mergulho.
Mas é impossível de momento criar um acesso até ele, devido a se encontrar muito próximo da rocha e haver o perigo de cair pedras sobre alguém.
O Porto da Eira é uma zona balnear sem bandeira azul, por ser uma zona virada a Norte de mar fundo, muitas vezes bravo e merecedor de respeito, mas com uma óptima qualidade e temperatura da àgua.
Se ainda não conhece o Porto da Eira, antes de mergulhar no mesmo, é aconselhavél que pergunte sempre a alguém que esteja por perto se não há problema em mergulhar, pois por vezes além de alguma ondulação, pode também existir águas vivas ou caravelas, animais flutuantes que andam à tona de água ao sabor das correntes que ao entrarem em contacto com o nosso corpo nos podem deixar marcas e provocar ardencias incomodativas, podendo as caravelas nos causar lesões mais graves pelo veneno que nos podem deixar.
Esta zona balnear, conta ainda com um restaurante que se encontra em fase de acabamento, com um espaço para campismo, com balneareos e um campo de futebol de praia que nos anos passados se tem feito provas engraçadas com população de toda a ilha, mas que presentemente já se tem tornado mais dificil a realização deste evento, por falta de verbas.
O nosso porto, serve também para abrigo de imensos cagarros que vêm nidificar nas ilhas dos Açores.
Tenho acompanhado estas aves ao longo destes anos e reparo que os seus descendentes voltam ao sítio onde nasceram para continuar este ciclo de vida.
Quero aproveitar desde já, para apelar a todos para que não lhes façam mal, não perturbem o seu habitat e se encontrarem algum cagarro perdido, devolvam-no junto ao mar para que este possa sobreviver, pois os Açores são previligiados por ser a zona a nível mundial que recebe a grande maioria destas aves para se reproduzirem e se deixarmos estas aves se extinguirem, um dia deixaremos de ouvir o seu lindo canto durante as noites calmas de Verão.


Como chegar ao Porto da Eira:






                      
Ao entrar na freguesia dos Cedros no sentido Salão - Cedros pela Estrada Regional, irá passar pelo Café Rosa e logo a cerca de 100 metros à frente encontrará uma estrada secundária à direita indicando "Porto da Eira". É so seguir o caminho com alguma precaução até ao final, pois é um caminho de dois sentidos, com alguma inclinação e um pouco apertado para duas viaturas e alcançará o objectivo.
 

Aqui ficam algumas fotos do nosso porto em dias de Verão e de Inverno:





Mar revolto de Inverno






Zona da Poça e Eira




Charco





Charco





Charco completamente coberto por onda




Zona da Eira





Em tempos de Primavera





Porto da Eira visto do mar





Zona de lazer





Pôr do Sol

 






Cagarro que curiosamente todos
os anos volta ao mesmo sítio no Porto

 








Acesso ao Porto da Eira






















Ao fundo o "Charco"
























"Eira" onde alguns homens pacientes
 experimentam as suas pescarias






segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pista de Motocross dos Cedros

A Pista de Motocross dos Cedros foi construida aqui na freguesia em 2008, após o encerramento da Pista de Motocross do Capelo, por se encontrar numa zona protegida.
Após as análises dos terrenos na zona do Cascalho e cedência dos mesmos para a prática desta actividade desportiva deu-se então inicio à realização deste projecto.
Com um trabalho incansável de Marco Garcia e seus companheiros, desenhou-se um recinto com óptimas condições, quer na pista, quer na assistência aos pilotos e hoje é considerada a melhor pista do Faial onde nos últimos tempos tem acolhido provas a Nível Ilha, Regional e Nacional, tendo sido elogiada por muitos dos pilotos visitantes e locais, por ser uma pista rápida, de bom terreno, com boa visibilade dos adeptos para a pista e para o mar!
Esta pista foi inaugurada oficialmente a 11 de  Outubro de 2009, embora já se tenham  feito provas anteriormente a esta data. Esta inauguração contou com a presença das entidades públicas, e recebeu a benção pelo Pároco João António Neves, Pároco da freguesia dos Cedros naquela altura, marcado pelo bom tempo e pela enchente de adeptos e simpatizantes desta modalidade, que deram vida às provas realizadas.



Para chegar à pista:








Ao chegar à Freguesia dos Cedros, na zona do Cascalho e encontrar a Fábrica de Lacticínios do Faial, terá de entrar por um caminho secundário no meio de duas casas e um pouco estreito. Segue pelo mesmo e irá entrar num caminho de terra batida, mas em boas condições para a passagem de veículos sem tração 4x4, logo se aperceberá da pista ao fundo.



Aqui ficam algumas fotos do dia da inauguração oficial da Pista:




Benção da Pista pelo Pároco João Neves













































































terça-feira, 15 de novembro de 2011

Circuito das Levadas



Circuito das Levadas

Com o Verão e a maior probabilidade de se apanhar bom tempo, chegam os percursos pedestres.

Uma boa ocasião para optar por passear por um circuito mais fresco, disfrutando do aroma das ortenses nos meses de Junho e Julho e disfrutar de uma linda paisagem sobre a freguesia dos Cedros, onde se inicia, até à freguesia do Capelo onde termina (ou vice versa).

Estas levadas são um conjunto de estruturas com a finalidade de levar a água até a um destino e neste caso os canais da levada e os tanques nela existentes pertencem à antiga melhor obra de engenharia hidroeléctrica nos Açores, construída por volta de 1963 e inaugurada em 1964, pelo então Ministro das Obras Públicas, Arantes de Oliveira. Na época a produção e exploração da central ficaram a cargo da Câmara Municipal da Horta, passando, em 1982, para a responsabilidade da EDA (Electricidade Dos Açores).
Em 1998, a central sofreu algumas danificações com o sismo que ocorreu nessa data.
A levada (canal), estendeu-se outrora, por 9,5 quilómetros de comprimento e recolhia àgua proveniente de várias zonas da ilha do Faial.
Actualmente, apenas uma extensão de 4,5 quilómetros da levada se encontra em funcionamento.
 
O percurso das levadas apresenta actualmente uma extensão de aproximadamente 6,1 km, (ida e volta 12,2 quilómetros) com um grau de dificuldade baixo aconselhado a todas as idades ideal para passeio em família e pode iniciar-se tanto na freguesia do Capelo, como na freguesia dos Cedros. 
As levadas estão inseridas na Área de Paisagem Protegida da Zona Central, num dos sete trilhos pedestres do Parque Natural do Faial. 
Este circuito apresenta especial interesse pelas suas características no que refere à fauna e à geologia, bem como pela sua importância hidroeléctrica para a ilha do Faial.

As espécies faunísticas possíveis de observar são essencialmente aves dos Açores, como a galinhola (Scolopax rusticola), melro-preto (Turdus merula azorensis), a estrelinha (Regulus regulus inermis) e o tentilhão (Fringilla coelebes moreletti).

Vegetação natural, como a urze (Erica azorica), azevinho (Ilex azorica), bracel-do-mato (Festuca jubata), queiró (Daboecia azorica), polipódio (Polypodium azoricum), Tolpis azorica, rapa-língua (Rubia agostinhoi), o sanguinho (frangula azorica), o Louro (Lauros azorica) a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia) e criptoméria (Cryptomeria japonica).
Neste local extiste ainda uma rica variedade de fetos, onde se distingue o feto-do-cabelinho (culcita macrocarpa), por possuir um rizoma grosso com pêlos avermelhados e finos que outrora eram usados para o enchimento de almofadas.
Ao longo do percurso é possível ainda contemplar o antigo escoamento lávico da erupção de 1672, mais conhecido por "Mistérios do Capelo", bem como se pode observar o alimnhamento de cones do Complexo Vulcânico do Capelo, um sistema fissural, instalado numa zona de fractura, com orientação aproximadamente Oeste-Este.

No fim do trilho da levada propriamente dito, já na freguesia do Capelo, existe um tanque de armazenamento de água com capacidade total para cerca de 1 400 m³, daí essa água seguia rumo ao Varadouro para um central a fim de produzir eletricidade.



"Algumas das informações de grande utilidade retiradas de um artigo públicado
 no Jornal Incentivo de 29 de Novembro de 2011"






 Levadas, vista sobre os Cedros



                                    


 
Levadas na Freguesia dos Cedros





Fragmento das levadas causado
pelo sismo de 1998




Um olhar sobre a Ribeira Funda
visto das Levadas



Pequeno túnel a atravessar
neste percursso




Levadas na Freguesia dos Cedros





Atravessando o desvio causado
pelo sismo de 1998




 Parte das levadas destruida
pelo sismo de 1998





Após a passagem da Ribeira Funda




Levadas atravessando a
Freguesia da Praia do Norte






Levadas em 2009



Como chegar?




Para alcançar as levadas, ao chegar à freguesia dos Cedros pelo lado Norte da ilha, chegando ao Cascalho a seguir ao Império irá encontrar uma seta indicando "Levadas". 30 metros à frente terá de subir uma rua à esquerda com alguma inclinação e a partir daí continua até à chamada "Estrada do Mato". Encontrará nesse cruzamento um reservatório de água e um caminho ao seu lado esquerdo. Basta continuar pelo mesmo até este terminar. Chegou às Levadas!









Circuito das Levadas











quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Filarmónica Lira Campesina Cedrense









História:

A Filarmónica Lira Campesina Cedrense teve a sua primeira actuação a 19 de Março de 1927.
O Professor Constantino do Amaral foi o primeiro regente e ensaiador e começou por trabalhar com cerca de 20 elementos que “nada de música sabiam”. Usando um instrumental em segunda mão e após sete semanas de ensaio, no dia de S. José, 19 de Março, a Filarmónica aparecia pela primeira vez em público.
Com maior ou menor dificuldade esta Filarmónica manteve-se durante 30 anos tendo sido durante este tempo seus regentes: o Professor Constantino do Amaral, Luís Simaria, Francisco Xavier Simaria, Manuel Dutra e José Silveira de Escobar.
Em 30 de Setembro de 1957 e devido a dificuldades de várias ordens mas em especial à falta de pessoal originada pelo fluxo emigratório causado pela crise do Vulcão dos Capelinhos esta Filarmónica fechou as suas portas.

Em 1983 foi nomeada uma Comissão Organizadora e Angariadora de Fundos para a implementação de uma nova Filarmónica.
Nesse ano, Manuel de Oliveira, começou por ensaiar música a um grupo de aproximadamente 35 jovens de ambos os sexos.
A 2 de Setembro de 1985 e sob a regência do Sr. Manuel Oliveira a freguesia dos Cedros voltou a ter novamente a sua Filarmónica.
A partir desta reabertura quase todos os anos se tem visto a braços para se manter no activo, uma vez que embora regularmente se formem novos tocadores, sendo quase na sua totalidade crianças e jovens, estes ao acabarem os seus estudos aqui na ilha deslocam-se para outros lugares para os prosseguirem.
Foi dirigida durante vários anos pelo regente Jorge Ávila, que sucedeu ao Sr. Manuel Oliveira e mais tarde pela Dra. Ângela Moitoso.
Tem actualmente cerca de 30 elementos quase todos naturais ou residentes nesta freguesia, e que são dirigidos pelo Ms. Howard Alexander, que reside à alguns anos nos Cedros.





                                                   Lira Campesina Cedrense


Tocadores:

Maestro:

Mr. Howard Alexander



Porta Bandeiras:

Andreia Silva

Sara Val

Adriana Vargas



1º Clarinete

Michele Escobar

Lúcia Sebastião

Carina Faria

Tânia Costa



2º Clarinete

Diana Escobar

Dina Gomes

Cristina Costa

Daniela Gomes



3º Clarinete

Patrícia Silva

Adriana Vargas

Flávia Taibo

Cláudia Faria

Martina Rosa



Flautas

Bárbara Ávila

Alexandra Gomes



Bombo

Manuela Ávila



Bateria/Caixa

Ana Norte



1º Trompete

Jorge Ávila

Angêla Moitoso

Peter Alberto



3º Trompete

Carlos Norte

Olávo Silva



Bombardino

Rui Norte



Saxo-Soprano

Patrícia Dutra



Saxo-Alto

Cidália Gomes

Dora Machado



Saxo-Tenor

António Dias

Rosa Faria



Trompa

Filipe Costa

Catarina Taibo



Tuba

Dário Escobar

João Ávila
 
 
Algumas informações retiradas de: http://liracedrense.blogspot.com/
 
 
 
 
                                                       Lira Campesina Cedrense
 
 
 
 
 
                                                          Dia da inauguração do coreto
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial

Economia Cedrense


A agro-pecuária é a principal actividade económica dos habitantes desta freguesia. Os solos desta freguesia são dos mais férteis de toda a ilha. O clima é menos húmido virado a Norte e regista-se a quase ausência de nevoeiros. O trigo, o milho, o inhame, o feijão, a batata e batata doce, são as suas culturas mais importantes.




Devido a uma depêndencia excessiva e quase exclusiva da agricultura, se depara com alguma crise na agro-pecuária e vulnerabilidade no sector agrícola. Para contrariar isso, têm-se enfatizado a necessidade de se criar pequenas indústrias e armazéns, bem como apostar no desenvolvimento do Turismo Rural. A indústria de lacticínios está bastante desenvolvida, havendo actualmente uma importante fábrica - A Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial.


A Cooperativa Agrícola de Lacticínios Faial talvez tenha sido o maior projecto industrial de iniciativa Faialense em toda a história da ilha, já foi a maior unidade fabril no meio rural da ilha, resistiu ao encerramento da concorrência, sofreu os problemas relacionados com a antiguidade das suas instalações que impediam a expansão do sector dos lacticínios, cresceu, passou e ter um corpo novo apto para suportar o aumento desejado na produção de leite, mas tal não aconteceu e sobrevive nas dificuldades daí inerentes.






Já decorria o ano de 1960, quando então foi inaugurada uma nova unidade produtiva, a qual foi considerada como aquela que possuía dos mais modernos equipamentos de transformação e processamento de leite do país. Esta situação permitiu, desde logo, o desenvolvimento do fabrico de diversos tipos de queijo de elevada qualidade, que rapidamente se impuseram junto novos clientes, criando laços de fidelidade que desde então preduram.





Decorreram cerca de 40 anos até que em 2004, foram inauguradas novas instalações fabris. Estas, uma vez mais dotadas da mais avançada tecnologia, e colocando a CALF na vanguarda tecnológica a nível de processamento de lácteos, pretenderam, uma vez mais corresponder à cada vez maior exigência que se pretende colocar na qualidade dos nossos produtos.




Processando cerca de 30.000 a 50.000 litros de leite por dia e empregando cerca de 30 funcionários, a CALF produz a gama de queijos do rótulo “Ilha Azul”: Queijo Prato, de pasta semi-dura e produzido de leite vaca pasteurizado, e Flamengo (bola e barra), queijo este também de pasta semi-dura e de leite vaca pasteurizado. A CALF produz ainda um queijo de fabrico artesanal, o “Moledo”.







Fábrica antiga


                                                                
 Novas instalações



Englobado na Festa "Entre Cedrenses 2007" todos os Cedrenses tiveram a oportunidade de fazer uma visita guiada pela CALF, presidida pelo presidente da mesma, José Agostinho, aqui ficam algumas fotos das excelentes instalações da nossa fábrica.






















    Alguns Produtos da CALF:


          Manteiga Ilha Azul






        Queijo Capelinhos







    Queijo Ilha Azul





Projectos  para a Cooperativa de Lacticínios do Faial






"Dando continuidade aos nossos critérios de qualidade e controlo, iremos iniciar a remodelação de toda a nossa rede de Postos de Recolha de leite, com o objectivo de melhorarmos ainda mais todo o rígido processo de controlo do leite, desde a sua origem.

Também as antigas instalações fabris, de meados do século passado, serão alvo de um projecto de reaproveitamento, onde se pretende criar, para além duma área comercial, um espaço de restauração e museologia que possa documentar e transmitir para as gerações vindouras todo o empenho que temos colocado na fabricação dos nossos produtos, ao longo da nossa já provecta existência."




Localização CALF:

Cascalho





Cedros

9900-341 Horta


PORTUGAL Açores


Tel.: + 351 292 202 100 / 9Fax: + 351 292 946 135