O místico lugar de encontro para descanso do próprio
descanso natural
Quer
o mar esteja bravo ou manso
Ali
olhando a caldeira de vez em quando
Pra
ver se está claro ou há nevoeiro
O
termo mestre do tempo que vai fazendo
Será
lobrina ou aguaceiro
Ali
reúne o parlamento local
Há
convicções, há discussões
De
democracia diplomacia
Tanto
local como internacional
E
por intermeio também do alheio
São
os temperos da vida já vivida
E
daquilo que há-de por vir
Às
vezes ao sério ou para rir
Vá
vindo de longuíssima data
Cedrenses
da mais pura nata
Desde
o saudoso Tomás Cardoso
Ao
Leonardo do cabeço homem sem mania
Da
mais sagaz sabedoria
E o
competente José Agostinho
Homem
de várias ciências
Ocupando
duas presidências
Levando-as
no bom caminho
Para
se manter as coisas na moda
E o
lugar do «Tomás» se preencher
Outro
Cedrense de muito saber
O
carismático “Chico Poda”
O
chafariz também faz parte da história
Dos
tempos passados em grata memória
Recordar
todos tarefa inclemente
Mesmo
impossível lembrar tanta gente
Dali
dão um salto ao cemitério
Para
deixar uma prece
Aos
residentes que bem a merece
E
como no fado que o poeta escreve
Que
ao menos a terra lhe seja leve
Quanto
a nós os imigrantes de visita
Esta
mensagem fica escrita
Na
hora do regresso ao partir
Já
começam a sentir estranho sentir
Na
mente uma sensação que nunca passa
Pelo
nosso sem rival CANTO DA PRAÇA
Agosto
2007
Eduardo
Lacerda